domingo, 18 de agosto de 2013

Meu luar.

Como pode se perder o meu luar?
Se dentro do azul escuro a lua há.
como pode se perder as brincadeiras?
compades Manés Fernandes tire este,
se foi o brilho e as luas destes
como pode se perder o meu luar?
o leite das cabras, as brincadeiras,
em areias vermelhas, e aquele  verde?
ainda há? não há mais aqueles cheiros.
das plantas caatingueiras e suas flores.
como pode se perder os meus amores?
antes havia a beleza em meu luar.
e aquele negócio de ir pro canto?
como pode se perder meu encanto?
e não se ver ou não se olha o luar.
 não se nota mais nem as cores
na verdade as cores estão no olhos.
e não há mais olhos pro meu luar.
a lua essa, nunca saiu de lá!
e como pode se perder o meu luar?

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O SONHAR DA VIDA.

O SONHAR DA VIDA.



Ah!  vida que passa, tu deveria ir mais devagar.
Ah, tempo,  tu deveria acontecer mais e passar menos.
Ah, solidão, tu deveria ser menos gente e mais instantes.
Ah, companhias, tu deveria ser... ser ao menos alguém.
e esses "ninguéns" que me acompanham... e esses "ninguéns"?
Ah, vida que passa, que volta, que vai e não para.
Ah, justiça, tu deveria permitir que eu à acompanhasse,
deveria me mostrar os realizar mesmo que fujam da realidade.
Oh,  justiça, tu deveria desligar o tempo, e só religá-lo quando eu o acompanhar, só religá-lo quando houver o equilíbrio dos tempos que fui impedido de sonhar.
Ah, sonhos, hoje ao menos já posso sonhá-los.
Ah, vida que passa e não acontece, tu deveria ir mais devagar.
E estes sonhos de que servem...? 
Ah,  vida, tu que passa, passa sem parar, cuide ao menos de pra sempre me deixar sonhar.
Ah, vida, se não posso vivê-la como desejo, me permita ao menos contá-la, que talvez este seja o meu realizar. 

SAMUEL IVANI.

sábado, 10 de agosto de 2013

COM O TEMPO


E se descobre que o tempo não passa em sua mente tão rápido quanto os segundos reais do ponteiro do relógio.
E se descobre com o tempo que sentimentalismo não o eleva ao auge de nada que é real.
E se descobre que a verdadeira saudade é simplesmente uma doce lembrança sem o desejo de voltar no tempo. Diferente disto, deve ser denominado outro sentimento.
E se descobre com o tempo, que cada indivíduo possui apenas um amor a vida toda, apenas este amor é transferido de tempos em tempos, de pessoas para pessoas, sempre adicionando sentimentos novos, nunca tirando. Então a última experiência no amor é sempre a mais intensa. Quem crer que amou uma única vez na vida, e que não consegue amar de novo, é porque não sabe amar.

E se descobre com o tempo que tudo é relativo, que suas lutas incansáveis são nada para quem já venceu e que suas idéias devem sempre ser jogadas em terras férteis, e infelizmente o mundo a sua volta é normalmente terra seca e árida.
E se descobre com o tempo que os amores te elevam a montanhas em constantes tempestades adaptáveis a todos.

Com o tempo se descobre que nada sabe, e que este nada, é bem útil, e que os rótulos ainda que reais se forem expostos incomodam muito. Veneramos a verdade, porém a omissão desta verdade, mantêm os humanos sociáveis e suportáveis.   
Com o tempo se descobre que vivemos os segundos presentes sempre com a sensação de que somos imortais. Característica louvável, pois mantém o desejo de lutar sempre, ou desprezível, pois em contrapartida, proporciona o maldito conformismo humano.

E se descobre com o tempo que o amor é o tipo de eufemismo mais eficaz, pois estar em tudo, só neste texto se repete várias vezes, apenas para amenizar a dura verdade que eventualmente possa se encontrar nele. 

E se descobre com o tempo e com a capacidade perceptiva de ver a verdade inerente a poucos, que o amor é o sentimento mais egoísta que existe. Se o amor não exige recompensa do outro, a recompensa tem que partir do próprio indivíduo em forma de sacrifício, mas nada existe sem que a recompensa seja o principal elemento para que algo se sustente.

Com o tempo se descobre que o tempo só faz sentido se amar exageradamente tudo ao seu redor.  SAMUEL IVANI

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Acreditar não é tudo


     Para ser algo na vida o indivíduo necessita ir além do acreditar; precisa possuir as características inerentes a tal sonho, a tal fantasia, ainda que real. A menos que não queira que o mundo a sua volta reflita o que você já é em sua mente. Existem certas atividades que com o devido tempo o indivíduo adquire alguma habilidade simplesmente por acreditar, no entanto, jamais vai ser natural. As vezes apenas acreditar nos leva a correr atrás de um sonho que vai correr mais que a gente sempre. Antes de lutar por algo, avalie-se, identifique se possui o principal requisito para realizar que é o talento. imagine quantos apenas acreditaram que eram cantores, poetas, atores e etc...  por um tempo a vida reflete naturalmente  a  fé, o desejo, no entanto, quando lhe é cobrado o talento que este no o possuí, a vida trata de tirar o que simplesmente a fé proporcionou. O mundo tá cheio de exemplos para  confirmar isto. Às vezes, é melhor permanecer no purgatório que merece, do que conhecer o céu que não tem capacidade de conquistar e manter,  e ter que retroceder posteriormente. Quase todo ser humano possuí algum talento, se identificá-lo, não vai perder tempo correndo atrás de um sonho que nunca vai correr atrás de você.  O correto é o talento o levar a acreditar em um sonho, não o contrário, dificilmente a fé o levará ao talento.  Samuel Ivani.  

sábado, 3 de agosto de 2013

RESENHA.

RESENHA.

   
A VIRGEM E O CIGANO. D.H LAWRENCE.
    Um livro que descreve os sentimentos íntimos da familia de um vigário da igreja anglicana conservadora da Inglaterra na década de trinta.  No livro há uma disparidade visível entre os sentimentos que os personagens intimamente sentem e os que deixam transparecer ao mundo, mostrando o quanto intimamente podemos ser criaturas desprezíveis. os personagens constantemente por necessidade se utilizam da hípocrisia para disfarçar seus sentimentos seja por; bom senso, para não serem odiados ou por educação, mostrando que veneramos a verdade, no entanto a omissão desta verdade nos matém juntos.  O vigário tem duas filhas jovens;Lucille e Yvette que  é cheia de anseios por aventuras que conhece um cigano charmoso e começa alimentar sonhos proíbidos por este homem de cultura peculiar e antagônica ao conservadorismo inerente a seu estilo de vida.
"O livro segue uma linha receiosa por parte do autor em relação a estória, como se estivesse pedindo desculpa por estar escrevendo um assunto tão delicado  e que foge aos bons costumes. Creio que por medo de não ser aceito por os leitores da época ele se prende a simplicidade da vida do tempo em questão. Este fato apenas torna o livro mas interessante, evidenciando mais ainda que os desejos, anseios, e pensamentos dos homens a ser expressado livremente ao mundo são condicionados ao meio em que vivem. Um livro interessante e simples,  particularmente adorei ler."    SAMUEL IVANI.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A quem dera os girassóis


   Ah! Quem dera amar sem egoismo,  quem dera existisse algo que não exigisse recompensas, nem do outro, nem de si, mas não há. 
Ah! Quem dera andar sempre entre as estrelas, no entanto, até mesmo a luz um dia ofusca e o impede de ver o caminho, e de vez e sempre, o faz desabar em calabouços da própria mente. 
Ah! Quem dera viver apenas entre os seus. E como reconhecer os seus se sequer o conhece essencialmente? Talvez os seus sejam esses que já o suporta, talvez os seus sejam aqueles que se sentem de ninguém, talvez eles sequer existam, puramente porque você não os merece. 
Ah! Quem dera andar em estradas escuras com girassóis a perder de vista em contraste com o céu azul, porém a realidade, a real vida que se resume em respirar lhe tira os girassóis, não que eles não existam, apenas a realidade o impede de enxergá-los. 
Ah! Quem dera poder amar nos inícios meios e fins... 
Tá ai algo que você pode sempre. O amor sequer identifica em que fase se encontra, na verdade, sequer existem fases. Se o amor é real, ele apenas existe, sem necessidades de rótulos, sem contar o tempo, a fase, ele simplesmente existe. SAMUEL IVANI.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

RATOS E HOMENS, JOHN STEINBECK.

     

RATOS E HOMENS, JOHN STEINBECK. 
    
    A estória se passa em uma região rural dos estados unidos, donde a simplicidade da vida é descrita de uma forma brilhante; é narrada a amizade entre um personagem esperto de estatura baixa George e um jovem grande Lennie de força descomunal e pouca inteligência e com hábitos de um piscopáta. O autor não afirma claramente sobre a personalidade de Lennie, ele é descrito como um individuo que tem uma  mente inocente, no entanto as evidências mostram o contrário sendo que ele destrói tudo que que gosta de tocar.
O leitor pode ver claramente os trechos que o autor descreve que Lennie propositadamente destrói seus animais de estimação entre outros. 
Os personagens saem fugidos do ultimo trabalho para outra fazenda devido as atitudes incomuns de Lennie, ao chegarem na fazenda se deparam com vários desafios. 
Um livro de um enredo curto que prende a atenção do leitor desde o inicio. Não é um dos melhores trabalhos  de John Steinbeck. Ratos e homens narra a realidade da vida, mostra o quanto o meio em que vivem os personagens os condicionam na  realização de seus sonhos. O autor nos deixa uma lição de o quanto os sonhos dos homens podem ser moldados a realidade impedido-os que se realizem. Não importa os sonhos que tenhamos a realidade deve ser sempre levada em consideração, os personagens têm sonhos simples, porém sua vida árdua dos anos cinquenta tornam esses sonhos utopias. É um livro para quem gosta de literatura clássica, no entanto possui uma  linguagem simples e de fácil compreenção. Recomendo!   Samuel Ivani