terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Não muda

Amadurecer é sempre bom. As vezes crescemos tanto por dentro que é necessário trocarmos até de pele para continuarmos crescendo. Existem momentos que cansamos das nossas antigas convicções, nossas crenças ou descrenças. Cansamos de nossas esperanças, nossos sonhos, sejam eles realizáveis ou não. Cansamos da monotonia, do passar lento da vida, que dá vontade de largar tudo, que não é muito, e correr atrás de um sol que brilha só aos fins de tarde.
E o que dizer dos amores? Aqueles antigos, que nós mesmos os tornamos impossíveis. Dá vontade de jogá-los para o alto, e correr atrás de um amor adolescente, desenfreado, sem razões.
E aquele antigo amor que não vingou? Aquele que se tornou cinza com o tempo, e que vivê-lo na vida real ou no mundo imaginário de nossas mentes já não tem mais aquelas cores de antigamente, e cujo somos fracos demais para descartá-lo, pois já se tornou rotina. É preciso esquecê-lo de vez, porque o mundo é tão colorido.
Sabe, quando a vida se torna previsível demais, quando a gente se sustenta apenas por razões antigas, quando o futuro não se diferencia do passado, nem do presente, porque há muito tempo que paramos de viver intensamente o presente? Desta forma, não construímos mais o passado nem conseguimos imaginar um futuro? Saiba que hora de mudar, de buscar novas razões, novos sonhos, até mesmo os mais simples. Mudar tudo mesmo! Ouvir novas músicas, ver novos filmes, usar aqueles acessórios que jamais usaríamos. Deixar de viver para os outros e viver mais para si. Quem sabe até correr pelado na chuva, nadar num lago gelado ou escrever um maldito diário. Por que não?
Você pensa tudo isso de madrugada, e quando amanhece, você nota que nada mudou, que as pessoas a sua volta são as mesmas, com a mesma rotina, até mesmo com as mesmas falas. Você então respira, olha em sua volta mais uma vez, então nota que não tem escolhas, a não ser, continuar o mesmo. É inevitável. S.I