quinta-feira, 6 de março de 2014

MODERNA SAUDADE




Saudade da caneta, das letras azuis, das linhas.
E...! Saudade das linhas, do borrão sobre os erros,
que crítico de mim mesmo,
não perdia por completo meus anseios.

Saudade do velho caderno já sem espaço.
Culpo as máquinas, esse velho moderno, estático,
Com suas letras já prontas,
Suas invisíveis linhas inesgotáveis,
Que dá a vida um desconto,
Dá a vida já inspirada.

E o velho caderno no canto,
cheio de orelhas, amassado, não o tiro de lá.
Espero que o tempo espere e não o decomponha,
Antes de só mais uma vez, ver as letras vivas,
Que lá escritas, deixei sonhos ainda por sonhar.
Espero que o tempo não o decomponha,
Sem que de novo escreva lá.



SAMUEL IVANI.

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