sábado, 31 de maio de 2014

Eu nunca amarei




Queria dizer que te amo,
 Mas esse maldito conhecimento,
Essa vergonha dos sentimentos,
Esse amadurecimento,
Esses medos que me deram o tempo.
 E tudo isso pra quê?
Pra proporcionar uma saudade eterna.
Uma bendita saudade nunca matada. 
Um sentimento sempre nulo,
Sempre adormecido,
Sempre vivo.

Queria dizer que te amo,
 Mas nem eu mesmo sei se realmente amo.
Pois essa falta de provas,
Esse amor subentendido.
Que subentendido?
Na cabeça de quem há isso?
Na minha eu nego.
Não amo até a morte.
Eu nunca amarei...
Não há amor nenhum.  
Nunca houve; amor é pros fracos,
É para aqueles não têm razões,
É pra quem não conhece as coisas belas da vida,
É pra quem vive e não reflete.
Eu, amar, nunca!
Dizer que te amo, Jamais, se não amo!
Não posso dizer que te amo,

Notas o martírio que é negar? 
Melhor seria dizer, Eu te amo.
Seco, nada além, sem regalias,
Só eu te amo... 
Mais simples que não te amo... 

Samuel Ivani