sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ideias sobre o futuro e presente inspiradas no texto de Heidegger

Esse texto diz muito sobre os tempos de hoje, vale muito apena  ver esse vídeo. 




É, Chegamos aos tempos relatados no poema... E se já não perdemos nossa essência, não se demora a acontecer; mas penso que talvez não surjam as questões relatadas no texto, simplesmente porque não haverá mais quem se importe com as respostas, logo, não mais desenvolverão as perguntas. 

Trágico. Os homens buscarão suas razões nas máquinas, e esquecerão de quem são. Como já disse antes, caminhamos pra irracionalidade, pois daqui uns anos, pensar já não mais será uma característica essencial para a sobrevivência da espécie. Tenho toda uma teoria a respeito disso, mas não relatarei aqui... Ora, dizem que todo escritor precisa acreditar em algum absurdo e torná-lo real e lutar com unhas e dentes para que muitos acreditem na sua verdade. 
Eis a minha verdade absurda: caminhamos para a irracionalidade. E se me perguntar como surgiu essa verdade em minha mente, respondo sem pestanejar: "muito simples, eu criei." É eu criei. Analise-se, e conte quantas verdades vem em sua mente neste momento, apenas aquela que vier em sua mente agora. Digo-lhes que noventa por cento dessas verdades lhes foram impostas por terceiros, ou, você as criou, não do nada, de alguma outra verdade que lhe foi imposta anteriormente. Pense, se fores capaz, e conclua que vemos apenas aquilo que as pessoas que detém o poder nos impõem. Essa alienação sempre houve, agora o mais grave é que, tudo que é relatado no texto está acontecendo agora.   
Hoje, já vemos um esportista como esperança de uma nação, já vemos cifras em dinheiro ser sinônimo de sucesso, e não mais a questão humana e de caráter. Já vemos o mundo conectado, e cada vez mais, uma única pessoa pensa por milhões. Já não nos atormenta as questões existenciais, não como antes, vivemos aceitando as tecnologias e simplesmente usufruindo de suas inúmeras vantagens, quando muito, tentamos compreender as máquinas, mas não mais tentamos nos compreender. Porque tudo faz sentindo; vivemos pra ganhar uma pseudo aprovação dos outros nas redes sociais.  E o sentindo da vida é ser diferente e ousado o suficiente para ganhar mais curtidas.  Medimos o sentido da vida nos comparando uns com os outros, por meio de números de cliques em determinada ação virtual. A vida real se resume a registrar em diversas mídias a batalha consciente em um mundo surreal que chamamos de internet. 


Até a literatura, que antes dizia muito sobre o homem, sobre sua essência,  transcrevia suas questões, suas mazelas, e que muito proporcionava a compreensão desse bicho homem que se julgam tão complexo. 
Hoje, o que se vende  e é disseminado no mundo é uma literatura de mundos surreais, distante da realidade e que pouco servem para se compreender o homem em sua forma mais pura. Não há nesta que chamamos de literatura fantástica, o que se via em As viagens de Guliver de  Jonathan Swift, e outros exemplos em que os autores  se utilizavam de sátiras e metáforas,  para criticar uma sociedade hipócrita e de moral controversa de sua época, e assim, se dava sentido real aquelas suas alucinações, e proporcionava a diversão; tanto quanto pela a compreensão do subentendido do enredo, quanto pela  a história fantasiosa e graciosa do livro.   Hoje o que se enaltece, são histórias surreais, de heróis fantasiosos em que se predomina, quase que invariavelmente, uma evolução gradativa de personagens em relação a uma pseudo espécie inferior, pois só assim, torna-se nítida a tal ascensão, já que tudo é permitido se tratando de um mundo mágico, e  que não proporcionam  a compreensão da personalidade humana. 

E não se enganem, hoje ainda não podemos dizer tudo que queremos abertamente, portanto, não é por esta razão que quase não vemos literatura em sua forma pura, como os bons e velhos clássicos, ao menos não comentadas nas redes sociais e nas  mídias de massa,  Eu adoro o realismo fantástico, no entanto, gosto de vê-los em filmes e vídeo games. Para livros,  eu prefiro aqueles que me passam realidade, que transmitem vida, que me permite compreender, na medida do possível,  esta causa perdida que é a vida humana.  Julgo a leitura algo intenso e profundo, e é desta compreensão, que encontro o prazer em lê.