Que eu seja fera, e escolha não devorar sem fome.
Que eu seja raiz, e saiba aproveitar os ventos sem nome,
Que eu seja céu e aprenda a perdoar.
Que eu seja as águas dos rios e aprenda a voltar.
Que eu seja as águas do mar, e dance como ondas.
Que eu seja sol, e aprenda a brilhar de longe.
Que eu seja lua e aprenda influenciar o mar.
E que tudo que eu seja,
seja sorrindo
Se não de verdade, que seja fingindo.
Se não de realidade que seja de sonho
Mas que eu exista, nem que seja de vez em quando
E que eu seja aos olhos normais: eternamente estranho.
Nem que eu seja aos olhos normais: eternamente um engano.