terça-feira, 7 de outubro de 2014

Castigaram-nos com o livre arbítrio






O livre arbítrio fora, irrefutavelmente, o pior castigo de Deus destinado aos homens, mesmo sendo o homem essa tão aclamada e amada criatura de Deus. Tanto é que, os homens desde sempre buscam meios cada vez mais sofisticados de se prender, seja aos outros, ao estado, religião e assim por diante. O Livre arbítrio deveria ser tratado como a fonte de todo mal, não como uma dádiva como alguns tolos o denominam, pois segundo o conto de fadas bíblico, surgira de uma escolha a origem de todo mal. Não há liberdade na racionalidade, pois os homens sempre se prenderão aos seus desejos, ou melhor, aos desejos de seus semelhantes com maior poder de persuasão, ou melhor ainda, aos seus instintos naturais, com o único desejo de manter os seus corpos vivos, sem nenhuma aspiração a mais, diferente do que muitos criam em suas mentes loroteiras. Neste pequeno fato, vemos a prova que a liberdade levaria os homens a extinção. 
Tudo, sem exceções, que já fora criado pelo homem, fora a fim de perpetuar a espécie. Porém, é comum na história humana a criação de mitos, e a liberdade é um deles. 

Se existe um organismo vivo que não é livre é o homem. Tão pouco ele quer ser livre, apesar dos inúmeros protestos que almejam alcançar à utópica e poética palavra LIBERDADE. Instintivamente e naturalmente somos animais com instinto de bando, e obviamente, necessitamos de lideres, e não lideres que nos dê escolhas, pelo contrário, pessoas de fibras que nos repassem ordens, que nos tire ao máximo o poder de escolhas. Nada martiriza mais os homens do que as escolhas, pois dentro de uma escolha óbvia, sempre existem tantas outras que devem ser levadas em consideração. 
As escolhas requerem reflexões, e o ato de pensar, talvez seja o que mais nos prende, e mesmo assim,  racionalmente, clamamos por liberdade. 
Fato é que, na história humana, aqueles que demonstraram os seus desejos, que tiveram espírito de liderança, levaram multidões a lutar por seus ideais. Talvez pudesse denominar estes homens escravos de ideologias alheias, no entanto, na verdade, a maioria humana, se encontra destituída de objetivos, logo, qualquer um que prometa a sobrevivência ou que lhe dê razões, qualquer que seja, este instintivamente encontrará seguidores. Refletir é essencial para a nossa sobrevivência, no entanto, gasta energia e todo ser vivo parte do princípio de conservação de energia. Nem todos possuem a habilidade de pensar e nem querem te-la, pois quem reflete demais não se reproduz. 

É simples de se compreender o porque do homem ter como ideologia a liberdade e que, no final das contas, continua sempre dependente, como um castigo eterno: é sobrevivência. O livre arbítrio nos serve apenas para nos decidirmos à quem vamos nos prender, pois essa falta de liberdade é que mantém nossa espécie viva e atuante. É fato, se todos os homens resolvessem seguir seu caminho, independente de qualquer coisa, iríamos cada um pra um canto, deixando de lado a ordem, logo, nos destruiríamos numa parcela de tempo bem menor do que o normal. Os nossos genes não aceitariam tamanho disparate. A condição humana comum é a de submissão, tanto é que, criamos um ser sobrenatural que nos domina, pois o homem quando se sente livre, não sabe para onde ir e sentindo-se perdido entra em desespero.  
Não é da natureza humana ser livre, livres são os porcos, que além de não saberem para onde vão, assim como nós, também não querem ir a lugar algum.  

Pros diabos com essa tal liberdade, eu quero mais é me prender.