sábado, 14 de fevereiro de 2015

Para onde caminhamos, se tudo se perde a cada nova geração?



 Para onde caminhamos, se tudo se perde a cada nova geração?


Quem já não ouviu de alguém, quer seja jovem ou velho, ou de qualquer idade a celebre expressão: “No meu tempo tudo era diferente, tudo tinha mais graça!” Ouvimos sempre alguém dizer, seja  de qualquer profissão, que não se faz mais hoje, determinada coisa como se fazia antigamente. Atores de teatro, tristemente dizem que não se faz mais teatro como antigamente. Os grandes e celebres escritores, dizem que a cada dia a literatura se perde em meio a essa literatura fantástica que diz nada ou quase nada sobre a vida humana.

Tenho a sensação de que a cada nova geração, muito se perde; é como se caminhássemos para trás o tempo todo, ao menos, na percepção humana. Talvez vivenciemos eternamente uma crise de percepção. Quem sabe, isso seja culpa do nosso egoísmo, que deseja que a nossa vida individual seja repetida nos outros.  Talvez em nosso egoísmo, queremos carregar a verdade absoluta sempre, e que, portanto, os demais estão completamente errados, e, assim, queremos inserir aos outros que o nosso passado era que era o jeito certo de se viver. Sei que com isso, vamos vendo que não mais se fazem grandes escritores como antigamente. Vamos vendo que não temos mais compositores como Bach, Vivaldi... E ai, as novas gerações vão se acomodando cada vez mais com a vida moderna que traz, em uma bandeja, a vida de cada um já pronta. Mas os ganhos? Será que apenas se perde? Thomas Jefferson dizia há muito tempo: "É tolice uma sociedade apegar-se a velhas idéias em novos tempos como é tolice um homem tentar vestir suas roupas de criança" 
Percebes? Eu usando frases de pessoas do passado, quando poderia criar uma nova?  Porém, o que eu digo hoje tem pouco efeito. Talvez amanhã tudo isso seja diferente, pois  farei parte de um passado glorioso.      


Sendo concretamente pessimista: quem mais perde nessa crise de percepção é a arte. Hoje em dia, nesses tempos concretos, quem necessita da metafísica, de poesia, de música clássica. Precisamos são de invenções pra salvar o planeta do efeito estufa. Precisamos de hipocrisia.  Também, nessa vida de se aproveitar as invenções dos outros, quem é que precisa criar. Para se criar arte é necessário a dor, o ócio, é preciso que distanciemos da vida, mas hoje somos bombardeados o tempo todo com um padrão de vida alheio que precisamos seguir, e caso não nos vestimos com esses trajes de cetim, somos excluídos do meio. Mas eu sei, que diante das perdas que essa geração vai amargando, as próximas irão também amargar todas elas um tanto pior. Agora eu te pergunto: aonde vamos parar? - Talvez na irracionalidade! 

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