quinta-feira, 20 de outubro de 2016

E agora Seu Mané

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E agora, Seu Mané?
Acabaram as razões, os motivos pra ir, pra sorrir.
A luz apagou, ou foi brilhar noutro canto, pros olhos que sempre iluminara.
E agora bobão?
Tu que era movido por uns cabelos negros e um sorriso estreito
Que tinha alguma esperança
me diz agora, seu mané, vai morrer de quê?
Tu que sonha, que se acha o tal
Tu é quem?
Seu famoso ninguém!
Ficou até sem razões.
A verdade é que tu nunca as teve,
sempre foram ela.
E as promessas?
Estas hão de ficar pelo caminho
como hão de ficar as doces lembranças da pele.
dos sonhos, dos vestidos negros,
Quão linda era meu Deus!
Que doce a vida não era!
Sequer inspiração tenho.
Tu se foi, minha doce e amada Eulália.
Aquela que inventei, aquela que cá nunca esteve
E eu? Eu vou encontrar outro alguém pra tornar o paraíso
donde nunca estarei.
Eis a grande verdade: amarei pra sempre a impossibilidade.
E agora seu Mané?
A lua se foi, o sol retornou
e fico eu aqui pensando que semana que vem,
tudo  igual de novo.

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