domingo, 18 de dezembro de 2016

Impulso


 Ah que saudade de um beijo,
daqueles bem melados,
daqueles consentido com vontade,
Daqueles que o calor da língua
remete à uma introdução na carne abusiva
de um sonho safado.

Ah como eu queria um beijo salivado
em uns lábios bem carnudos.
Um beijo daqueles largos e sem escrúpulos
em que os lábios se entrelaçam em desejo,
e dura uma tarde inteira.
Um beijo tão intenso e sem freios
que, a partir dali,
a lembrança da melhor tarde de nossas vidas
não poderia ser resumida, senão em beijos.

Ah como eu queria o gosto de um beijo,
daqueles idealizados por um mês,
nos seus mínimos detalhes:
a posição das mãos, as mordidas,
as puxadas nos longos cabelos,
aquelas olhadas fixas pra somar o desejo;
Aquele carinho sinuoso enquanto se diz "minha querida"
e aquela resposta sussurrando: isso é brega pra caralho.
Sabe aqueles beijos previamente pensados,    
mas que depois de beijado a gente 
verifica, encantado, que tudo foi melhor que o desejado?  
Ah como eu queria esse beijo que é teu pra mim guardado.  





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