terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Quando eu partir



Quando eu me for e eu irei,
e pensares tu em trazer-me flores onde pensas que eu fiquei,
Não perca seu tempo, lá não estarei.
Em vez disso, me leia, relembre que aqui estive;
Relembre dos sorrisos que despertei
e deixe que floresça milhões de flores em teu coração,
que é onde de fato sempre permanecerei.

Quando eu me for e eu irei
e pensares tu em derramar lágrimas porque cá não estarei;
perca seu tempo, relembre, me faça importante,
Isso prova que um dia por ti também me importei;
Prova que um dia te amei, que te importei para
o meu coração e contigo sonhei.
Isso também prova que eu nunca desisti,
embora a vida tenha me imposto
realidade em demasia, cuja dela mesmo nunca precisei.
E se derramares lágrimas que nunca seja por remorso
pelo fato de que poderia ter feito mais;
Digo-te que fizeste o que eu mereci...

Quando eu me for e eu irei
e pensares que cá não mais estarei,
lembra que,
se sentes minha falta, é porque daí nunca partirei.
Lembra dos sorrisos que contigo partilhei,
das loucuras, das frases toscas, dos conselhos inteligentes,
dos momentos clichês que com mais ninguém viveste,
dos abraços eternos em que eu te apertei,
dos desejos dos beijos!
Não sejas tola, é contigo que eu sempre estarei!

Quando eu me for e eu irei,
recorda-te das vezes que em ti me inspirei,
Das letras que por ti agrupei cá nesses textos em que lacrimejei ao escrever-te.
Lembra-te que fui feliz, que te fiz feliz,
que fomos felizes, tal qual faisões e perdizes,
estes, nunca capturados pelo Cúpido.

Quando eu me for e eu irei,
plantem-me junto com milhares de frutos do tamarineiro,
azedos e prazerosos, tal qual os sentimentos que sempre despertei.
Lá, juntos com as sementes eu renascerei,
se assim, eu for regado pelas lembranças
daqueles que eu um dia amei.
Quando eu me for e eu irei,
lembra quem fui, não esquece de quem fui eu.

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