segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O tempo dos amantes




Pra quem ama, o tempo é sempre uma desordem;
Tem aquela soma do tempo do reencontro com a despedida, antes mesmo de confirmada a chegada.
Tem aquela saudade do futuro,
antes mesmo de confirmada a partida,
E tem aquela divisão do tempo, relativamente,
quando a distância de passos se torna infinita
e quando horas de abraços não se equivalem á segundos.

Ah! O tempo dos amantes!
Haveria alguém capaz de contá-lo?
Se posto em números ao mesmo tempo em que é infinito, é nulo;
Ao mesmo tempo em que sobra, nunca é o suficiente, e ao passo que é gratificante, também é uma tortura.
E ainda há aqueles momentos em que vivemos
uma vida inteira em um dia, apenas sonhando.

Haveria alguém capaz de contar o tempo de quem ama?
Sendo que enquanto se ama,  há sempre aquele desejo que o tempo pare,
Ou não, talvez queremos mesmo que passe exageradamente,
e que, simplesmente, se mantenha os mesmos sentimentos eternamente 
E ainda há aquele tempo quando há o medo de perder. 
Este, passa, não passa, eterniza, tortura,
sangra cicatrizes, busca tempo onde não há.
O pior tempo é aquele em que buscamos qualquer coisa onde não há mais tempo.
Haveria alguém capaz de contar o tempo dos amantes, se este é sempre relativo a distância de quem se ama?
          

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